quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Ah, o Natal

Cada vez q em meio ao barraco e comemorações d natal em geral, ouço os urubólogos d plantão desfiando velhos discursos moralistas surrados do tipo "Q vergonha, ninguém se lembra do aniversariante" "Qto comercialismo, onde está a espiritualidade?" Bla bla bla

Meu estômago revira e só me resta ser... mais chato q os chatos c/os próprios:

Menos, menos sres e sras cristãos,

Em 1ºlugar, SOMENTE cerca d 23% da humanidade comemora o Natal.

750 milhões de indianos são hinduístas, cultuam diversos deuses;

1,35 bilhão de chineses não são cristãos (há budistas, taoistas, confucionistas,islâmicos e ateus);

cerca de outro 1,7 bilhão de habitantes espalhados pelo Oriente Médio, ex-repúblicas soviéticas, Àfrica do Norte, Malásia e Indonésia por ex. são islâmicos;

apesar d toda a opressão do período colonial e ainda hj do livre acesso abaixo do saara aos missionários e pregadores cristãos; a maioria dos 800 milhões de habitantes da África Não é cristã;

os japoneses são, via de regra, xintoístas. No Extremo Oriente (Tailândia, Malásia, Vietnã, Camboja, etc) quase não há cristianismo.

Sobram a Rússia, Europa, as ex-colônias européias nas 3 Américas mais a Austrália e Nova Zelândia como redutos cristãos.
Cerca de 23% da humanidade... q adoram fazer um barulho danado mas são só 23%


Segundo, e principalmente, a celebração do nascimento da principal figura da mitologia cristã tb não tem nda d edulcorante na sua origem, sendo ela própria nda mais q um desvirtuamento, um plágio d outras mitologias tanto na europa qto no oriente próximo.

O início do inverno no hemisfério norte como mostra fartamente a história das mitologias sempre foi usado por diversas culturas p/ SIMBOLIZAR (este é o termo + apropriado) o nascimento dos protagonistas d diversas mitologias.
Apenas p/citar aquelas figuras mais famosas nas quais o cristianismo se "inspirou" p/moldar seu próprio mito, citando apenas a mais antiga "inspiração" cristã q se tem notícia, Ozyres no antigo Egito até a mais recente, Mitra, o mito dominante imediatamente antecessor à Cristo na Roma do primeiro século e meio do q conhecemos hj como era cristã.

E, não esqueçamos q a corrente mitológica cristã prevalescente apoiada à partir do imperador Constantino não teve piedade em, não apenas literalmente à ferro e fogo eliminar da europa todas as correntes mitológicas concorrentes como tb todas as correntes cristãs q não aceitavam a tentativa oficial tanto d transformar o mito em História, como d ligá-lo diretamente à mitologia judaica, expurgando da mitologia oficial todo evangelho considerado "alegórico" (seria o caso d perguntar e qual evangelho q se digne não é alegórico?!) e perseguindo quaisquer judeus ou cristãos q não compartilhassem d tal idéia, portanto monopolizando o culto religioso na base da violência.

Manipulação q atravessou mares na maestria política q os conquistadores espanhóis utilizaram à seu favor p/atrair a simpatia e o apoio dos povos ameríndios oprimidos pelos impérios Incas e Aztecas, qdo notaram as semelhanças gritantes entre as histórias dos protagonistas das mitologias pré-colombianas e a do Cristo oficial.
Utilizaram tal simpatia e apoio não só p/evangelizar os aliados e derrotar Incas e Aztecas, como tb p/tentar destruir as evidências d tais coincidências mitológicas presentes na arquitetura principalmente das cidades Aztecas (a destruição das mesmas não foi obra causada por puro desejo d saque...).

Considerando tdo isso e mto mais não é d se admirar q a reação humana saudável à todo esse sangue, farsa e hipocrisia tardasse mas não faltasse, vindo mesmo q d forma torta na forma do Natal “comercial” (como se o cristão fosse algo melhor como vimos acima).

Assim, o natal moderno não deixa d ser um renascimento meio torto das comemorações pagãs q foram espoliadas, deturpadas, massacradas por séculos d carolismo cristão hipócrita q c/a mão matava e c/a boca pregava o “amor” e a reflexão, ah meu estômago novamente revira só d pensar.

Q o natal seja realmente uma comemoração, contra o urubusismo dos carolas, contra a morte q o inverno no hemisfério norte anuncia, a favor da vida ensolarada representada pelo início do verão nestes mares do sul.

Pelo revivamento do cristianismo professo original;
pela liberdade religiosa e não religiosa;
por não ter culpa pela alegria e o prazer q a vida e a natureza nos brindaram, q nosso raciocínio limitado os potencialize e não mais os tolha;
Por tdo isso e mto mais,
filhos e filhas d Baco;
bebamos,
bebamos até a embriaguez, pq na curta existência humana amanhã sempre será um novo dia.

Pq como bons seres humanos, passada a infância; Papai Noel, Coelhinho da Páscoa só mudam d nome, forma, status...